quinta-feira, 30 de abril de 2009
Objeto Interativo - Pré entrega
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Objeto Interativo - Inspiração
“(...) Seria, pois o ‘Parangolé’ um buscar, antes de mais nada estrutural básico na constituição do mundo dos objetos, a procura das raízes da gênese objetiva da obra, a plasmação direta perceptiva da mesma. (...)”
“(...) O ‘Parangolé’, porém, situa-se como que no lado oposto do Cubismo: não toma o objetivo inteiro, acabado, total, mas procura a estrutura do objeto, os princípios constitutivos dessa estrutura, tenta a fundação objetiva e não a dinamização ou o desmonte do objeto. (...)”
“(...) A participação do espectador é também aqui característica em relação ao que hoje existe na arte em geral: é uma ‘participação ambiental’ por excelência.”
“Todas essas relações poder-se-iam chamar ‘imaginativo-estruturais’, ultra elásticos nas suas possibilidades e na relação pluridimensional que delas decorre entre ‘percepção’ e ‘imaginação produtiva’ (Kant), ambas inseparáveis alimentando-se mutuamente.”
Vídeo com obras de Hélio Oiticica
Sensação Oi Futuro
sábado, 11 de abril de 2009
Objeto Interativo - Objeto Experimental
Como não estava tendo idéias que realmente me chamassem a atenção resolvi comprar alguma coisa e passar a pensar o objeto a partir daquilo. Comprei, assim como quase toda a sala, alguns colares com led’s e... uma maçã de isopor. A idéia da maçã não foi proposital, na verdade ela me chamou, e eu achei que poderia elaborar algo realmente interessante. Depois de muito pensar e algumas horas olhando para a maçã tive a idéia de inserir os led’s nela de maneira que, ficando do lado de fora, tanto as luzes como o botão de acionamento, partes da maçã pudessem se iluminar e darem uma nova perspectiva para sua forma. Como pode ser visto, a idéia não foi completamente concretizada, já que, queimei inúmeras luzinhas tentando soldar todas de uma só cor em um mesmo dispositivo. Mas, enfim, este foi resultado:
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Hertzberger - Lições de Arquitetura
"Quando examinamos um dos muitos livros sobre arquitetura que estão sendo publicados hoje em dia e vemos todas aquelas fotografias brilhantes, tiradas, sem exceção, em perfeitas condições de tempo, não podemos deixar de nos perguntar o que se passa na mente dos arquitetos, como eles vêem o mundo; às vezes chego a pensar que eles têm uma profissão diferente da minha! Pois a arquitetura não pode ser outra coisa senão o interesse pela vida cotidiana, tal como vivida por todas as pessoas; é como o vestuário, que não deve apenas nos vestir, mas ajustar-se bem a nós. E, se é moda hoje em dia preocupar-se com as aparências a coisas superiores, então a arquitetura foi degradada a um tipo inferior de escultura. O essencial é que, seja lá o que se faça, onde quer que se organize o espaço e de que maneira, ele terá inevitavelmente certo grau de influência sobre a situação das pessoas. A arquitetura, na verdade, tudo aquilo que se constrói, não pode deixar de desempenhar algum tipo de papel nas vidas das pessoas que a usam, e a principal tarefa do arquiteto, quer ele goste, quer não, é cuidar para que tudo o que faz seja adequado a todas estas situações. Não é apenas uma questão de eficácia no sentido de ser prático ou não, mas de verificar se o projeto está corretamente afinado com as relações normais entre as pessoas e se ele afirma a igualdade de todas as pessoas. A questão de saber se a arquitetura tem uma função social é totalmente irrelevante, pelo simples motivo de não existirem soluções socialmente indiferentes; em outras palavras, toda intervenção nos ambientes das pessoas, seja qual for o objetivo específico do arquiteto, tem uma implicação social. Assim, na verdade, não somos livres para ir e projetar exatamente o que nos agrada - tudo o que fazemos traz conseqüências para as pessoas e para seus relacionamentos. Um arquiteto não pode fazer muita coisa, o que torna ainda mais importante não desperdiçar as poucas oportunidades existente. Se você acha que não pode melhorar o mundo com seu trabalho, pelo menos não o piore. A arte da arquitetura não consiste apenas em fazer coisas belas – nem em fazer coisas úteis, mas em fazer ambas ao mesmo tempo – como um alfaiate que faz roupas bonitas e que servem. E, se possível, roupas que todos possam usar, não apenas o Imperador. Tudo o que projetamos deve ser adequado a cada situação que surja; em outras palavras, não deve ser apenas confortável mas também estimulante – e é esta adequação fundamental e ativa que eu gostaria de designar como ‘forma convidativa’: a forma que possui mais afinidade com as pessoas."
Herman Hertzberger, in Lições de arquitetura